domingo, 28 de agosto de 2011

Fnapae realizou painel de debates sobre tombamento de Brasília


O Fórum Nacional de Articulações Políticas e Altos Estudos (Fnapae) realizou nesta quarta-feira (24/8) o painel de debates “Brasília: tombada, porém viva”, que discutiu aspectos gerais sobre o tombamento da capital federal. O evento aconteceu no auditório do bloco 2 do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), das 9h às 11h30, e teve a participação de cerca de 150 pessoas, na maioria estudantes de engenharia e arquitetura.

O debate contribuiu significativamente para a formação de uma consciência coletiva sobre o tombamento e a defesa de Brasília, sem deixar de considerar os desafios e as demandas do mundo moderno. A presença de integrantes de entidades comprometidas com a cidade, tanto na preservação quanto no desenvolvimento sustentável, enriqueceram o evento.

O debate contribuiu significativamente para a formação de uma consciência coletiva sobre o tombamento e a defesa de Brasília, sem deixar de considerar os desafios e as demandas do mundo moderno. A presença de integrantes de entidades comprometidas com a cidade, tanto na preservação quanto no desenvolvimento sustentável, enriqueceram o evento.

Como palestrante, o arquiteto Alfredo Gastal, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Distrito Federal enfatizou o papel do Instituto na preservação de Brasília como patrimônio histórico e cultural da humanidade, mas também considerou a necessidade de adaptações, que dizem respeito à vida da sociedade, sem prejuízo da parte tombada.

Para debater o tema com o palestrante, foram convidados o arquiteto Paulo Henrique Paranhos, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil no Distrito Federal (IAB-DF), o engenheiro Júlio César Peres, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e o professor João Bosco Ribeiro, gerente da Agência de Empreendedorismo do Uniceub e conselheiro do Crea-DF. Também integraram a mesa de debates a pró-reitora acadêmica do Uniceub, Elizabeth Manzur; o presidente do Fnapae e conselheiro do Crea-DF, engenheiro Jorge Monteiro Fernandes, e o presidente do Crea-DF, engenheiro Geraldo Reis Pacheco.

Durante o debate foram apresentadas as deficiências no monitoramento e acompanhamento de obras públicas, no sentido de evitar a deterioração do patrimônio histórico nacional. O presidente do Sinduscon-DF, Júlio César Peres, levantou discussão acerca dos recursos destinados à manutenção e restauração da cidade. Por outro lado, o professor João Bosco Ribeiro expôs a necessidade de realizar levantamento de construções que estão na iminência de colapso, a urgência em preparar profissionais qualificados em patologia de obras, e a necessidade da criação de um modelo de gestão específico para obras públicas. O professor ressaltou, ainda, a importância do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho (GT) de Patologias de Obras Públicas, criado no Crea-DF em janeiro deste ano, para estudar e propor medidas que evitem desastres em obras que se encontram em estado crítico.

Crescimento desordenado da cidade e surgimento de “puxadinhos”

O painel de debates também envolveu assuntos polêmicos como o crescimento desordenado de Brasília e das regiões administrativas do DF, além de levantar questões sobre as invasões de espaço público, os chamados “puxadinhos”, prática comum nas quadras comerciais das asas sul e norte.

Ao ser questionado sobre a atual situação da região de Águas Claras o presidente do IPHAN foi objetivo: “Águas Claras foi um dos maiores desastres que poderiam ter acontecido em Brasília. Resultado da ganância do mercado imobiliário, que ultrapassa a normalidade e passa a se tornar um fenômeno paranormal”, afirmou Gastal.

O presidente do IAB-DF ressaltou a relevância do estabelecimento de limites na construção de uma cidade. “Toda cidade tem que ter limites e esses limites devem ser bem administrados. O tombamento e a preservação de Brasília são uma conquista. Sendo Brasília um patrimônio histórico da humanidade, somos todos responsáveis pela conservação desse patrimônio, sem esquecermos que a cidade está viva”, disse Paranhos.

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